“...o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” - Gálatas 6:14
“...e ressuscitou por causa da nossa justificação” - Romanos 4:25
Acima de tudo, a Bíblia nos informa que somos testemunhas da cruz de Cristo. Não queremos com isto dar-lhe uma posição que não tem na Bíblia. A cruz foi um mero objeto; uma arma do inimigo onde nosso Cristo morreu.
Entretanto, é exatamente por causa dessa morte que a cruz tem um sentido especial e diferente para nós. Ela é a cruz vazia que anuncia que Jesus está vivo, e nisto está a vitória e a exaltação de Cristo, e, nesta vitória está a nossa vitória também.
Devemos fazer, convictos, a afirmativa contida nas palavras de Paulo: “em nada nos gloriamos a não ser na cruz de Cristo”. Para nós, a cruz se identifica com uma evidencia, uma prova, um fato estabelecido pela vontade de Deus em Cristo.
No passado de Israel o objeto que serviu para o testemunho do Senhor foi a Arca, a qual trazia consigo as tábuas dos dez mandamentos (Ex. 25.22). O objetivo era a preservação da lei como um todo, como algo quer fazia notório a existência de Deus.
O povo de Israel punha em prática esse testemunho com grande ardência e fervor. Com o passar do tempo esse testemunho se transformou em mais um fardo pesado.
Deus se fez, carne na pessoa de Jesus Cristo, foi crucificado para pagar as nossas culpas, e, quando consumou a sua obra de expiação por nós, o véu do santuário onde se achava a Arca, se rasgou de cima a baixo, para deixar bem evidente que o acesso do pecador a Deus agora é direto, ao pé da cruz.
Devemos amar esta mensagem profunda da cruz, porque sem ela, não poderíamos, hoje, comemorar a Páscoa cristã. Pois a Páscoa é um ritual que lembra a libertação do jugo da escravidão e da morte, projetando para a vida. Isto, porém, só é possível por causa da morte de Jesus na cruz.
Páscoa sem ressurreição não tem sentido, e, não há ressurreição sem a cruz. Primeiro a cruz, depois a ressurreição. Reflitamos no texto de Gálatas 6:14 e, apliquemos a nós mesmos.
Por Carlos Teles