A caridade na igreja (9)


A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações... - Tiago 1.27 

Na época que Tiago escreveu esta carta havia uma grande quantidade de órfãos e viúvas por causa das frequentes guerras, doenças e fome. 

Com quem essas pessoas podiam contar? Com os irmãos da igreja. Afinal, uma das marcas da verdadeira religião é assistir essas pessoas e auxiliá-las em suas necessidades.

João, em sua epístola, da mesma forma, trabalha o conceito do amor ao próximo culminando em atitudes concretas, ao invés de mero discurso. 


Ora aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade -  1 João 3.17,18  

Contudo, um detalhe na Bíblia nos chama a atenção no que se diz respeito à pratica da caridade. Paulo ao escrever para os Gálatas dá a seguinte orientação: 

Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé - Gálatas 6.10 

Isso ensina que a caridade deve ocorrer não apenas com os de fora, mas também com os que participam da igreja. 

Na história da igreja em Atos 6.1 foram instituídos os diáconos na Igreja de Jerusalém para cuidar das viúvas. Em Atos 9.39 Dorcas desenvolvia um trabalho específico entre as viúvas.



Em 1 Coríntios 16.1, Paulo dá orientações acerca da coleta para ajudar os necessitados da igreja da Judéia. Em 1 Timóteo 5.2-16, Paulo dá diretrizes para a ajuda às viúvas que eram sustentadas pela igreja de Éfeso. 

É claro que, diante do assistencialismo que vemos hoje em dia, é necessário que existam critérios bem definidos para que a ajuda chegue de fato para quem precisa.

Pois hoje há muita gente que fez da esmola e do assistencialismo um estilo de vida desonesto, abusando da boa vontade de outros. 

Mas, acima de tudo, ajudar quem realmente precisa mostra que nossa religião não é mero discurso, mas ela é sinônimo de ação. 

A igreja então, conhecedora do mandamento sobre o amor a Deus e ao próximo, deve não somente, discursar, mas de fato, agir.


Índice de artigos em Tiago
01 - Alegria nas provações
02 - Sabedoria nas provações
03 - Humildade nas provações
04 - Responsabilidade nas provações
05 - Rápido e demorado
06 - Expulsar e acolher
07 - Ouvir e praticar
08 - Fofoca: a síndrome da religião vazia
09 - A caridade na igreja
10 - O mundanismo é pior do que você imagina
11 - Igualdade e respeito na igreja
12 - Enxergando além das aparências
13 - A lei do amor
14 - A fé e o amor ao próximo
15 - Fé e obras
16 - Fé e ação
17 - Fé e obediência
18 - A fé de Abraão
19 - A fé de Raabe
20 - A maturidade cristã e o uso da língua
21 - Pela unidade da igreja
22 - O freio, o leme e a fagulha
23 - O poder aniquilador da língua
24 - A perversidade da língua
25 - A verdadeira sabedoria
26 - A sabedoria mundana
27 - A sabedoria que provém de Deus
28 - A batalha que você não deve entrar
29 - A oração que você não deve fazer
30 - Não seja amigo do seu inimigo
31 - A amizade que você não deve cultivar
32 - Três bênçãos
33 - Como você usa sua língua? Para benefício ou malefício?
34 - O que a fofoca revela sobre você
35 - "Pequeno" pecado, grande estrago
36 - A fragilidade da vida humana
37 - Se Deus quiser
38 - Apegue-se ao dinheiro e encontre... a miséria
39 - Apegue-se ao dinheiro e encontre... a frustração
40 - Apegue-se ao dinheiro e encontre... a destruição
41 - Apegue-se ao dinheiro e encontre... a degradação pessoal
42 - Seja paciente até a vinda de Jesus
43 - Seja paciente como o agricultor 
44 - Seja paciente como os profetas
45 - Seja paciente como Jó
46 - Sim, sim. Não, não.
47 - Exercitando a empatia

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