Hino 188 - Clara luz (primeira música)

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1. Quanta dor, quanta amargura 
Vem meu peito retalhar!
Não importa, se diviso
Clara luz além brilhar!
Nela, cheio de esperança,
Cravo os olhos tristes meus:
Ela é selo e garantia
Do supremo amor de Deus.

2. Deus predestinou-me e fala:
"Tens em Cristo a Redenção;
Sou a luz dos pecadores,
Dissipando a escuridão".
Vamos, vamos, companheiros,
Caminhemos nessa luz,
Que através da escura noite
Resplandece sobre a cruz.

3. Eia, avante, a passos largos,
Vamos, vamos sem parar!
Ficará em densas trevas
Quem na luz não caminhar!
Pois nos mostra a bela terra
Donde mana leite e mel;
Essa luz jamais se apaga,
Pois provém do Deus fiel.


Informações
Letra: Júlio Cesar Ribeiro
Música: José Maurício Nunes Garcia, 1801
Arranjo: João Wilson Faustini, 1969

Ênfase do hino: A ênfase principal do hino é a presença da luz divina que ilumina o caminho dos crentes, mesmo em meio à dor e à amargura. O hino destaca a importância da esperança e da redenção em Cristo e incentiva os crentes a caminhar na luz divina, que é a garantia do amor supremo de Deus.

Teologia do hino: O hino expressa a teologia da luz divina, que é vista como a presença de Deus na vida dos crentes, iluminando o caminho daqueles que confiam em Cristo. A importância da redenção em Cristo é vista como a fonte da nossa esperança e da nossa salvação, enquanto a luz divina é vista como a garantia do amor fiel de Deus.

Textos bíblicos:
- "Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem; porque quem anda nas trevas não sabe para onde vai." (João 12:35)
- "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado." (1 João 1:7)
- "Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo." (2 Coríntios 4:6)

Metáforas e simbologia:
- "Luz divina": A figura da luz divina simboliza a presença de Deus na vida dos crentes, iluminando o caminho daqueles que confiam em Cristo e dando-lhes esperança e segurança.
- "Terra onde mana leite e mel": A figura da terra onde mana leite e mel simboliza a vida eterna em Cristo, que é vista como uma terra de bênçãos e de abundância.
- "Caminhar na luz": A figura de caminhar na luz simboliza a confiança e a obediência dos crentes a Deus, que é a fonte da luz divina que ilumina o caminho daqueles que o seguem.

Aplicação prática:
O hino nos encoraja a caminhar na luz divina de Deus, mesmo em meio à dor e à amargura, tendo a esperança e a confiança na redenção que temos em Cristo. Isso envolve reconhecer a importância da nossa caminhada na luz de Deus, buscando viver uma vida de obediência e de confiança em Deus em todas as áreas de nossas vidas.

Quando cantar:
Este hino é apropriado em momentos de culto de adoração e devoção, especialmente quando se deseja enfatizar a presença da luz divina de Deus em nossas vidas, a importância da nossa caminhada na luz de Deus e a esperança e a segurança que temos em Cristo. Também pode ser apropriado em momentos de reflexão sobre a nossa fé e a nossa confiança em Deus, bem como em momentos de encorajamento e de fortalecimento da nossa esperança em Cristo.

História
O Prof. Júlio Cesar Ribeiro, jornalista, romancista e filólogo renomado, nasceu em Sabará em 1845, professou a fé e foi batizado em São Paulo pelo Rev. Chamberlain em 1870. 

Escritor, poeta e tradutor, tem uma excelente contribuição à hinologia brasileira. Auxiliou o Rev. João Boyle, em 1888, na revisão do "Hynmos Evangélicos e Cânticos Sagrados". 

É autor de uma "Gramática" muito usada nas primeiras décadas século XX. O Rev. João Wilson Faustini fez este arranjo para a música do Padre josé Maurício Nunes Garcia, o "Padre-Mestre do Brasil Colônia". 

Ao chegar ao Brasil em 1808, D. João VI espantou-se ao encontrar aqui um músico da qualidade de José Maurício e deu-lhe o cargo de Mestre da Capela Real, no Rio de janeiro. 

Compositor comparado aos melhores da Europa, José Maurício tem uma obra litúrgica da mais alta qualidade, difundida no Brasil e no exterior, que compreende várias Missas, Te Deum, motetos, etc., álém de obras seculares. Filho de mestiços, nasceu em 1767 no Rio de Janeiro e estudou música praticamente sozinho. 

Teve inúmeros alunos e foi considerado um dos maiores improvisadores do mundo no teclado. Em 1821 D. João VI retorna a Portugal e José Maurício fica desamparado, doente e falece em 1830. Foi um grande amigo do músico austríaco Segismund Neukomm, aluno de Haydn, que esteve durante alguns anos no Brasil.

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