Hino 143 - Salmo 23

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1. Deus é meu Pastor mui terno;
Nada, pois, me faltará.
Com seu santo amor eterno
Sempre me sustentará.
As pastagens verdejantes
Ele vem me conduzir
E nas relvas abundantes
Vou descanso então fruir.

2. Vem, com suas mãos divinas,
Mansamente me guiar
Rumo às águas cristalinas
Que me vão dessedentar."
Por veredas da justiça,
Prazeroso me conduz
E depois da dura liça
Vou gozar a eterna luz.

3. Se da morte o vale escuro
Traz-me aperto ao coração,
Caminhando vou, seguro,
Apoiado em seu bordão!
Na presença de inimigos
Eu terei, da Salvação,
Um banquete com amigos,
Com Jesus, meu vero Irmão.

4. Óleo santo, derramado,
A cabeça vem me ungir.
Vai meu cálice transbordando
Por grandioso bem fruir.
Certamente que a bondade
Sempre a me seguir terei
E no lar da eternidade
Mui feliz habitarei.


Informações:
Letra: Salmo 23
Metrificação: Belmiro de Andrade, 1939
Música: Robert Lowry, 1875


Ênfase do hino: 
A ênfase principal do hino é a confiança na liderança e no cuidado de Deus como o Pastor que supre todas as necessidades de seus seguidores, guiando-os em justiça e segurança, mesmo em meio às adversidades da vida. A música celebra a presença constante de Deus na vida do crente, desde a provisão de sustento até a promessa da vida eterna.

Teologia do hino: 
O hino expressa a crença na soberania e na bondade de Deus como o Pastor que guia e sustenta seu povo. A metáfora do pastor e das ovelhas é comum na Bíblia, como em Salmos 23 e em João 10, onde Jesus se apresenta como o bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. 

O hino também destaca a justiça de Deus, que guia seus seguidores em retidão, mesmo em meio às dificuldades da vida. A promessa da vida eterna está presente no último verso, enfatizando a esperança que os cristãos têm em habitar com Deus para sempre.

Textos bíblicos: 
O hino é baseado em Salmos 23 e em outras passagens bíblicas que falam da liderança de Deus como um Pastor que guia e sustenta seu povo. Alguns exemplos são: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará" (Salmo 23:1); "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas" (João 10:11); "Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei" (Ezequiel 34:11).

Metáforas e simbologia: 
O hino utiliza a metáfora do pastor e das ovelhas para ilustrar o relacionamento entre Deus e seus seguidores. A figura do pastor representa a liderança e o cuidado de Deus, enquanto as ovelhas simbolizam a dependência e a necessidade dos crentes. Outra metáfora presente no hino é a do cálice transbordando, que sugere a ideia de abundância e bênçãos derramadas por Deus.

Aplicação prática: 
O hino nos lembra da importância de confiar em Deus como nosso Pastor e de seguir sua liderança em todas as áreas da vida. Ele também nos desafia a buscar a justiça e a retidão em nossas ações, mesmo em meio às dificuldades e perseguições. Além disso, o hino nos encoraja a encontrar segurança e consolo em Deus, especialmente em momentos de incerteza e medo.

Quando cantar: 
O hino é apropriado para diversas ocasiões litúrgicas, como cultos de adoração, celebrações de comunhão e momentos de reflexão e meditação. Ele também pode ser cantado em eventos como funerais e velórios, como uma expressão de confiança na liderança e no cuidado de Deus em meio à dor e à perda.

História
A metrificação do Salmo 23 aqui apresentada é do pastor metodista Rev. Belmiro de Andrade. Nascido em Itapuí, São Paulo, filho de fazendeiros de café em Jaú, foi batizado na Igreja Presbiteriana daquela cidade pelo Rev. Herculano de Gouveia.

Estudou em Bica da Pedra, Campinas e Valença. Completou seus cursos básicos com distinção no Colégio de Valença, dirigido pelo Rev. Constâncio Homero Omegna. Estudou ainda no Seminário Presbiteriano de Campinas durante três anos. Foi jornalista redator e proprietário de "O Município", jornal de Bica da Pedra.

Foi ordenado ministro da Igreja Metodista em Piraçununga, em 1935, embora já exercesse o cargo de pregador nas igrejas de Araçatuba, Presidente Alves, Lins e Poços de Caldas. Foi também professor no Ginásio Americano de Lins e na Escola Normal de Piraçununga.

Faleceu em 1941 nessa cidade. Testemunhou durante toda a sua vida a fé em seu Criador, através de um trabalho efetivo, consagrado e humilde. Em uma carta escrita a D. Ethel Dawsey Ream, afirma: "...pois ainda que eu não seja poeta, estou tentando produzir alguma coisa com que julgo contribuir para o Reino de Cristo".

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