Hino 138 - Refúgio

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1. Ó bondoso Salvador,
Sê tu meu amparador!
Negras ondas de aflição,
Fortes ventos perto estão.
Deste espanto e de terror
Vem salvar-me, ó bom Senhor,
E no porto faze entrar
Minha barca sem quebrar!

2.Consternado nesta dor,
Sem refúgio, sem vigor,
Meu medroso coração
Vem rogar-te proteção.
Mostra o teu imenso amor,
Ó benigno Salvador!
Poderosa e clara luz,
Não me deixes, ó Jesus!

3.Compassivo Redentor,
Vale a um triste pecador!
Vida e gozo tu me dás,
Graça infinda, eterna paz.
Enche o débil coração,
Com os dons da salvação
E, seguro, sem temor,
Gozarei do teu favor.

Informações:
Letra: Charles Wesley, 1740
Adaptação: Sarah Poulton Kalley, 1865
Música: Joseph Parry, 1877

Ênfase do hino: 
O hino enfatiza a necessidade do cristão em buscar a proteção e o amparo de Jesus em momentos de aflição e dor. Ele clama por ajuda diante das "negras ondas de aflição" e pede que Jesus seja o seu guia seguro até o porto. O hino também destaca a graça e o amor de Jesus como o fundamento da salvação.

Teologia do hino: 
A teologia do hino se concentra na doutrina da salvação em Cristo. O hino reconhece a condição de pecado e a necessidade de salvação, e clama por ajuda e proteção diante das dificuldades da vida. A ênfase na graça e no amor de Jesus reflete a doutrina da justificação pela fé, que ensina que somos salvos pela graça de Deus através da fé em Jesus Cristo.

Textos bíblicos: 
O hino não cita textos bíblicos específicos, mas pode ser relacionado a várias passagens que falam da proteção e cuidado de Deus, como Salmo 46:1-2 ("Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto não temeremos...") e João 10:28-29 ("Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão").

Metáforas e simbologia: 
O hino utiliza a metáfora da "barca" para representar a jornada da vida, que enfrenta "negras ondas de aflição". Jesus é visto como o "amparador" e o "guia seguro" que conduz a barca até o porto. A luz também é usada como símbolo da presença de Jesus, que não abandona o cristão em meio às dificuldades.

Aplicação prática: 
O hino nos lembra da importância de buscar a proteção e o amparo de Jesus em todos os momentos da vida, especialmente quando enfrentamos dificuldades e aflições. Ele nos encoraja a confiar no amor e na graça de Jesus como o fundamento da nossa salvação e a não temer diante das dificuldades. A aplicação prática deste hino é que devemos buscar a Jesus em oração e confiar Nele em todos os momentos da vida.

Quando cantar: 
Este hino é apropriado em momentos de aflição e dor, como em cultos de consagração, em funerais ou em momentos de reflexão e oração. Ele também pode ser cantado em momentos de celebração da graça de Deus e da salvação em Jesus, como em cultos de comunhão ou em retiros espirituais.

História
Escrito pelo fundador do Metodismo, Rev. Charles Wesley, este hino passou a ser patrimônio de toda cristandade pela sua força de mensagem e poder.

Foi publicado pela primeira vez num hinário dos irmãos Wesley, intitulado "Hymns and Sacred Poems" em 1740, sob o título "Temptation". Também é conhecido como "Hino dos Marinheiros".

Não foi um hino de apreciação imediata em seu tempo, talvez pelo texto muito sentimental para uma época de racionalismo predominante. A primeira frase original Lover of my soul foi, em diversas ocasiões, substituída por Refuge of my soul (respectivamente "Amante de minha alma" por "Refúgio de minha alma").

A música é do grande Joseph Parry, compositor de vasta obra destinada à Igreja. Graduado pela "Royal Academy of Music", foi professor de diversas universidades, recebeu o título de Doutor em Música pela Universidade de Cambridge.

Sua importância na música inglesa é comparada à de Henry Purcell. Suas obras mais conhecidas são as Cantatas: "O Filho Pródigo" e "Nabucodonozor", o Oratório "Sonho de Tarso" e diversos hinos, incluindo este "Aberystwyth" para o texto de Charles Wesley.

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