Por Ray Summers
O último ato do espetáculo da redenção nos apresenta o juízo de Deus e o destino final do homem. Se está isto relacionado aqui com o quadro total do conceito de João não o sabemos, ou ao menos não se nos diz.
João viu os mortos, grandes e pequenos, perante o trono e prontos para receber a sentença. Não se faz referência alguma à identidade dos pequenos e dos grandes, como se fossem algum grupo especial. Parece que simbolizam os mortos em geral.
O último ato do espetáculo da redenção nos apresenta o juízo de Deus e o destino final do homem. Se está isto relacionado aqui com o quadro total do conceito de João não o sabemos, ou ao menos não se nos diz.
Os escritores do Novo Testamento, obedientes à exortação do Senhor, que a todos ordenava que "vigiassem", esperavam a segunda vinda e o estabelecimento do reinado de Cristo em seus próprios dias. E é esta a atitude correta dos cristãos de todas as épocas.
Talvez, tendo isto em seu pensamento e contemplando a vitória de Cristo sobre o culto ao imperador, João estivesse esperando que o julgamento final e o estabelecimento da ordem eterna se dessem por ocasião da vitória de Cristo sobre Domiciano e o seu universo.
O fato de isto não ter sido exato em nada viola a integridade das Escrituras. O tempo do fim é assunto exclusivamente divino, só ao Pai pertence, e deve ser ocultado até daqueles que Deus inspira a escreverem sobre este assunto.
Virá no tempo por Deus determinado e de conformidade com o seu santo propósito. Ele não nos disse quando será. Só nos revelou algo de sua natureza. E é justamente este o conteúdo do ato seguinte deste drama.
Virá no tempo por Deus determinado e de conformidade com o seu santo propósito. Ele não nos disse quando será. Só nos revelou algo de sua natureza. E é justamente este o conteúdo do ato seguinte deste drama.
A estrutura desta visão harmoniza-se com a mensagem a ser entregue. Ao chegar o tempo do julgamento eterno, os homens atarão divididos em duas classes: os remidos e os não remidos, esta base é que é apresentada esta visão.
As duas classes são apresentadas como um todo, mas há uma grande linha divisória entre elas. O palco terrestre do espetáculo já se fechou; agora sbe o pano de boca do palco celestial, para revelar os destinos eternos dos bons e dos maus.
O destino dos não redimidos
João viu um grande trono branco e Um assentado sobre ele. O trono branco simboliza justiça santa e soberana e que ninguém pode discutir as sentenças proferidas pelo juiz que se assenta neste trono.
Apocalipse 20.11-1511 - Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.12 - Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.13 - Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.14 - Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.15 - E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
Ele possui todas as provas, sabe como dar um veredicto justo e exato, e também sabe como se deve executar uma sentença. Noutras palavras, ele é o júri, o juiz e a principal autoridade executiva; tudo ao mesmo tempo.
João viu os mortos, grandes e pequenos, perante o trono e prontos para receber a sentença. Não se faz referência alguma à identidade dos pequenos e dos grandes, como se fossem algum grupo especial. Parece que simbolizam os mortos em geral.
O julgamento é feito de acordo com o que se acha registrado em dois livros.
Primeiro — abrem-se os livros; os livros que contêm as obras e os feitos dos que estão sendo julgados. Esta ideia de Deus ter um registro dos feitos dos homens nós a encontramos de contínuo nas páginas das Sagradas Escrituras.
Sem dúvida, é um modo figurado de dizer que Deus guarda acurado registro das ações feitas na carne — de que nada escapa a seus olhos, mas ele não tem necessidade alguma de escrever isso tudo em livros para se lembrar desses feitos.
Segundo — foi aberto "o Livro da Vida". Este é o livro que conta a espécie de vida vivida em contraste com aquele que registra a espécie do feito realizado.
Os mortos são julgados de acordo com as coisas escritas nos livros. Se o nome de um homem não está escrito no livro da vida, os registros do livro dos feitos o condenam, e ele é lançado no lago de fogo.
Os mortos são julgados de acordo com as coisas escritas nos livros. Se o nome de um homem não está escrito no livro da vida, os registros do livro dos feitos o condenam, e ele é lançado no lago de fogo.
Aqui não se afirma, mas parece estar implícito, em conexão com os demais ensinos do Novo Testamento que, se o nome de um homem é achado no Livro da Vida, estará livre do juízo condenatório e terá seu lugar no grande grupo dos remidos de que nos fala o capítulo seguinte.
Dentre as coisas mais difíceis do Novo Testamento, daquelas sobre que não é possível construir um sistema harmônico, estão as passagens que se referem à morte, ao intervalo entre a morte e a ressurreição, à ressurreição e ao juízo. Jesus nos falou do julgamento de "bodes e ovelhas"; João aqui escreve acerca do julgamento dum "grande trono branco".
Alguns exegetas do Novo Testamento acham que os dois julgamentos não são o mesmo e que aquele que pensar doutro modo mostra ser um "herege" que nega "o claro ensinamento das Escrituras". (A distinção muitas vezes feita é esta — que o julgamento de "bodes e ovelhas" é o das nações, o que se dá antes do milênio, para se decidir que nações continuarão a existir durante o milênio; a decisão aí é tomada à luz do tratamento que dispensaram a Cristo. Segundo esta teoria, o julgamento do "grande trono branco" terá lugar no fim do milênio e é um julgamento de indivíduos)
Outros entendem que os dois são apenas modos diversos de apresentar o mesmo julgamento. Fazendo-se justiça ao ensino global das Escrituras, parece ser esta a melhor interpretação.
Outros entendem que os dois são apenas modos diversos de apresentar o mesmo julgamento. Fazendo-se justiça ao ensino global das Escrituras, parece ser esta a melhor interpretação.
Quando nos pomos a considerar toda a confusão que surge, quando se tenta construir a escatologia do Novo Testamento, nós nos inclinamos a crer que o Senhor Jesus teve muito boas razões para deixar as coisas naquele pé. O homem precisa saber que haverá ressurreição, julgamento e vida eterna após a morte.
Para que progrida espiritualmente, não se faz necessário que ele conheça todos os pormenores dessas verdades. Se fosse necessário isso, certamente Deus o teria revelado de modo mui claro.
Na economia da revelação divina, Deus só revela ao homem aquilo que Ele acha que o homem tem necessidade de conhecer para o seu progresso espiritual. O resto fica na ciência do Criador. Há, de fato, coisas que o homem não precisa saber, e ele deve dar-se por satisfeito, deixando-as nas mãos de Deus.
A visão que agora temos diante de nós foi concedida com o mesmo propósito de outros ensinamentos sobre o juízo. Foi concedida para alertar os homens acerca do fato e do terror do julgamento, mas também para assegurar ao homem que esse terror desaparecerá do coração daquele cujo nome for achado no Livro da Vida — do homem redimido pelo sangue de Cristo.
Este breve parágrafo não esgota o ensino do destino dos maus. Eles aparecem noutro lugar, em que um versículo descritivo surge para contrastar com o bem-aventurado destino dos remidos.
Esse versículo (22:15) identifica aqueles que hão de ter sua parte no lago de fogo; o medroso, o descrente, o abominável, os assassinos, os impuros, os adivinhos, os idólatras, os mentirosos, os imundos, os cães e "todo aquele que ama e diz a mentira".
Esta não é uma lista para aqueles que acham que o seu destino eterno é de separação e castigo eterno; é mais uma série que descreve a qualidade ou o caráter daqueles que estão eternamente condenados.
ÍNDICE
Literatura Apocalíptica
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
03 - Éfeso - Fiel, mas em falta - Apocalipse 2.1-7
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
12 - O 1° Selo - O Cavalo Branco: Conquista - Apocalipse 6.1,2
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
21 - O anúncio da desforra - Apocalipse 10.1-11
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
24 - O sinal da Besta 666 - Apocalipse 13.1-18
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
28 - A mulher escarlate: Roma - Apocalipse 17.1-18
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
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Segunda Vida de Jesus