O entreato que separa o sexto quadro do sétimo, nesta parte, é muito breve. Os últimos quadros nos deram as forças opostas do bem e do mal, já prontas para o combate mortal. As séries seguintes tratam das taças da ira da retribuição final derramadas sobre os inimigos do evangelho.
Um entreato de louvor e ações de graças é agora apresentado para retratar a exultação dos remidos, que entoam o cântico de Moisés e do Cordeiro.
Apocalipse 15.1-81 - Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus.2 - Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus;3 - e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!4 - Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.5 - Depois destas coisas, olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho,6 - e os sete anjos que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro.7 - Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos séculos.8 - O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos.
João viu "um mar de vidro misturado com fogo"; esta visão pode ser o resultado do reflexo dos raios solares numa planície de águas que as deixam num vermelhão de fogo.
Davi Smith acha que o mar de cristal do capítulo 4 se torna aqui vermelho por espelhar a avermelhada conflagração das perseguições que rugiam, enfurecidas, sobre a terra. (Smith, op. cit., p. 672. Ver também Swete, op. cit., p. 194.)
Milligan entende que o mar reflete ou o fogo do juízo divino ou as provações com que Deus purifica o seu povo. (Milligan, op. cit., p. 260)
Esta ideia é também quase a mesma esposada por Smith. Aqueles que saíram vitoriosos das tentativas do imperador em levá-los a adorar a sua estátua são aqui apresentados de pé sobre o rio de vidro.
Esta ideia é também quase a mesma esposada por Smith. Aqueles que saíram vitoriosos das tentativas do imperador em levá-los a adorar a sua estátua são aqui apresentados de pé sobre o rio de vidro.
No capítulo 4 observou-se que o mar de cristal simbolizava a transcendência de Deus — o não poder homem algum aproximar-se de Deus. Aqui, no capítulo 15, o mar está novamente presente, indicando que Deus é ainda transcendente e que nenhum homem pode aproximar-se dele.
Mas o mar já não constitui impedimento para aqueles que são de Deus e que já morreram e dele se aproximaram — pois estão de pé "sobre" o mar em sua gloriosa presença.
Quando tiver chegado o fim, o capítulo nos revelará que "o mar já não existe", e que todo o povo de Deus goza de sua gloriosa companhia e amizade.
Quando tiver chegado o fim, o capítulo nos revelará que "o mar já não existe", e que todo o povo de Deus goza de sua gloriosa companhia e amizade.
Aqui, no capítulo 15, os santos que experimentaram o martírio, para se acharem na presença de Deus, empunham harpas celestiais — símbolo de louvor. Entoam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro, um cântico que inclui o louvor por causa do poder de Deus, pela libertação que operou a favor do seu povo e o caráter reto que possibilitou e moveu essa libertação.
As taças da ira, prontas para serem derramadas, trarão ao mundo uma experiência terrível. Os cristãos fiéis e perseguidos precisam estar preparados e fortalecidos para o que vai acontecer na terra; precisam saber como será tudo isto visto lá no céu.
Então lhes é concedida esta visão para mostrar o estado daqueles que já foram vitimados pela perseguição, e também o estado deles, caso a perseguição a ser desencadeada contra eles os leve até a morte.
Concede-se-lhes a visão dos santos a exultar nos céus para animar e confortar os santos que ainda na terra lutam por Cristo no meio de tão cruéis perseguições. (Esta é a posição defendida por D. Smith, Milligan, Dana, Richardson, Swete, Beckwith e Kiddle, in loco.)
Concede-se-lhes a visão dos santos a exultar nos céus para animar e confortar os santos que ainda na terra lutam por Cristo no meio de tão cruéis perseguições. (Esta é a posição defendida por D. Smith, Milligan, Dana, Richardson, Swete, Beckwith e Kiddle, in loco.)
Abriu-se o templo do tabernáculo do testemunho. Isto parece simbolizar o depósito celestial do pacto de Deus. Não é descrito como o Templo de Salomão ou como qualquer um dos que lhe sucederam. Trata-se da "Tenda do Testemunho", do tabernáculo do deserto. (Ver Números 9:15; 17:7; 18:2.)
Aqui não se abre o tabernáculo para mostrar a arca do concerto, como se vê em 11:19. Abre-se, sim, para deixar que os sete anjos saiam da Sala de Recepção e esvaziem as taças da vingadora ira de Deus sobre a terra.
Os trajes dos anjos assemelham-se aos dos sacerdotes do Antigo Pacto e atuam como agentes de Deus, ao derramarem sobre a terra estas últimas sete pragas.
Uma das quatro criaturas viventes entrega as sete taças da ira aos sete anjos. O número completo 7 simboliza a completação da ira que agora vai ser desencadeada. Chegou o tempo.
Durante esse tempo o tabernáculo se encheu de fumaça, símbolo da presença do Deus todo-poderoso. Encheu-se tanto de fumo que "ninguém podia entrar no santuário, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos" (15:8).
Isto quer dizer que a ira de Deus se completou — foi dito aos santos mártires do capítulo 6 que esperassem, porque o tempo ainda não estava em condições para a vingança divina — e já não há mais tempo para intercessões durante esta visitação da ira divina. (Ver I Reis 8:11 — "Os sacerdotes não podiam ter-se em pé para ministrar, por causa da nuvem.")
Isto quer dizer que a ira de Deus se completou — foi dito aos santos mártires do capítulo 6 que esperassem, porque o tempo ainda não estava em condições para a vingança divina — e já não há mais tempo para intercessões durante esta visitação da ira divina. (Ver I Reis 8:11 — "Os sacerdotes não podiam ter-se em pé para ministrar, por causa da nuvem.")
Tudo isto prepara uma transição fácil e suave para a cena seguinte, que apresenta o esvaziamento das sete taças da ira.
ÍNDICE
Literatura Apocalíptica
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
03 - Éfeso - Fiel, mas em falta - Apocalipse 2.1-7
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
12 - O 1° Selo - O Cavalo Branco: Conquista - Apocalipse 6.1,2
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
21 - O anúncio da desforra - Apocalipse 10.1-11
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
24 - O sinal da Besta 666 - Apocalipse 13.1-18
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
28 - A mulher escarlate: Roma - Apocalipse 17.1-18
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
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