Por Ray Summers
Neste ponto interrompe-se o progresso regular dos juízos introduzidos pelas trombetas; e se interrompe justamente do mesmo modo como se deu entre o sexto e o sétimo selos, para dar lugar a duas visões consoladoras.
Apocalipse 10.1-111 - Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco-íris por cima de sua cabeça; o rosto era como o sol, e as pernas, como colunas de fogo;2 - e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo, sobre a terra,3 - e bradou em grande voz, como ruge um leão, e, quando bradou, desferiram os sete trovões as suas próprias vozes.4 - Logo que falaram os sete trovões, eu ia escrever, mas ouvi uma voz do céu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete trovões falaram e não as escrevas.5 - Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu6 - e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora,7 - mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas.8 - A voz que ouvi, vinda do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra.9 - Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele, então, me falou: Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel.10 - Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.11 - Então, me disseram: É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis.
A primeira está contida no capítulo 10, e a segunda no capítulo 11, versículos de 1 a 13. Já no versículo 14 do capítulo 11, volta-se à série das trombetas, indo daí até o final do capítulo.
Este é o maior dos entreatos regularmente colocados entre o sexto e o sétimo símbolos de uma série. Contém o anúncio de uma pronta retribuição, apresentada em quatro quadros.
Este é o maior dos entreatos regularmente colocados entre o sexto e o sétimo símbolos de uma série. Contém o anúncio de uma pronta retribuição, apresentada em quatro quadros.
O anjo e os sete trovões (10:1-7) compreendem a primeira do entreato. João vê um anjo mui forte, radiantemente vestido, descendo do céu.
É um mensageiro da vingança da de Deus. Parece haver pouca base para a interpretação dada por Richardson (Richardson, op. ext., p. 101), quando diz que este anjo é o próprio Cristo.
É um mensageiro da vingança da de Deus. Parece haver pouca base para a interpretação dada por Richardson (Richardson, op. ext., p. 101), quando diz que este anjo é o próprio Cristo.
Noutros lugares, os anjos são mensageiros, e aqui parece dar-se o mesmo. Ele traz na mão um pequeno livro aberto. Um de seus pés descansa em terra firme e o outro no mar, indicando que a mensagem que traz é endereçada a todo o mundo.
Clama com voz muito forte, como o bramido do leão. Esse bramido é, sem dúvida, para atrair a atenção de todos para aquilo que vai dizer.
Antes de poder anunciar sua mensagem, "os sete trovões fizeram ouvir suas vozes". O trovão é símbolo de aviso. Em todas as outras passagens preliminares em que ocorrem trovões (8:5; 11:19; 16:18), são anúncios prévios de juízos da ira divina, o que provavelmente se dá aqui também.
Antes de poder anunciar sua mensagem, "os sete trovões fizeram ouvir suas vozes". O trovão é símbolo de aviso. Em todas as outras passagens preliminares em que ocorrem trovões (8:5; 11:19; 16:18), são anúncios prévios de juízos da ira divina, o que provavelmente se dá aqui também.
Com os sete selos, as sete trombetas e as sete taças, aparece o aviso prévio dos sete trovões. Foi dito a João que escrevesse o que viu e ouviu.
Obedecendo à ordem recebida, começou a escrever os avisos dos sete trovões. Uma voz do céu, porém, fez com que ele parasse, e lhe ordenou que selasse as coisas que os sete trovões anunciaram.
Obedecendo à ordem recebida, começou a escrever os avisos dos sete trovões. Uma voz do céu, porém, fez com que ele parasse, e lhe ordenou que selasse as coisas que os sete trovões anunciaram.
A razão deste proceder nos é dada nos poucos versículos seguintes — é que não haveria mais avisos ou admoestações. O anjo, que assim fora interrompido, levantou então a mão e anunciou o último veredicto solene— "Não haverá mais demora".
E continuou, para anunciar o fato de que, ao soar da sétima trombeta, se revelaria afinal o mistério de Deus.
Os avisos dados pelas seis trombetas tinham sido suficientes; os homens não se arrependeram; então, o castigo viria sem mais delongas. Por essa razão, não se permitiu a João que escrevesse os avisos proclamados pelos sete trovões. Não haveria mais avisos, nem mais demora.
Os avisos dados pelas seis trombetas tinham sido suficientes; os homens não se arrependeram; então, o castigo viria sem mais delongas. Por essa razão, não se permitiu a João que escrevesse os avisos proclamados pelos sete trovões. Não haveria mais avisos, nem mais demora.
O livrinho na mão do anjo é a segunda coisa de importância neste capítulo (10:8-11). A voz do céu se ouviu novamente, instruindo a João para que avançasse e tomasse o livrinho da mão do anjo.
Recebeu-o juntamente com instruções do anjo para que o comesse, assegurando-lhe o anjo que a princípio o livrinho lhe seria doce em sua boca, mas amargo no ventre.
Eis que, havendo João comido o livrinho, notou que as palavras do anjo eram verdadeiras. Daí, foi João comissionado para profetizar a muitos povos.
Recebeu-o juntamente com instruções do anjo para que o comesse, assegurando-lhe o anjo que a princípio o livrinho lhe seria doce em sua boca, mas amargo no ventre.
Eis que, havendo João comido o livrinho, notou que as palavras do anjo eram verdadeiras. Daí, foi João comissionado para profetizar a muitos povos.
É grande a controvérsia acerca do conteúdo desse livrinho. Alguns acham que contém a visão do capítulo 11.
Outros acham que contém uma segunda revelação, que começa com o capítulo 12 e vai até o final do Apocalipse.
Ainda outros mais acham que contém simplesmente a comissão de pregar o juízo de Deus contra os homens que O rejeitaram.
Outros acham que contém uma segunda revelação, que começa com o capítulo 12 e vai até o final do Apocalipse.
Ainda outros mais acham que contém simplesmente a comissão de pregar o juízo de Deus contra os homens que O rejeitaram.
Todas estas ideias têm evidências pró e contra. Estudando-se melhor o contexto inteiro, parece que o conteúdo do livrinho tem relação com coisas tristes e calamidades.
Isto é verdade quanto a Ezequiel 2:8 em diante. Quando Ezequiel engoliu o livro, foi encarregado de pronunciar lamentações e ais sobre o antigo Israel.
Isto é verdade quanto a Ezequiel 2:8 em diante. Quando Ezequiel engoliu o livro, foi encarregado de pronunciar lamentações e ais sobre o antigo Israel.
Assim também se dá com o livrinho agora, e, ao que parece, contém ele uma mensagem que significa para João tristeza, à medida que a for anunciando.
Parece, portanto, tratar-se duma mensagem de caráter geral:
Parece, portanto, tratar-se duma mensagem de caráter geral:
- ais sobre homens que merecem o juízo divino, pelo fato de O terem rejeitado;
- ais sobre os cristãos, por se acharem nas mãos de seus inimigos;
- ais sobre a Igreja, em conflito com o grande poderio mundial de Roma;
- ais sobre Roma e sobre a sua grande derrocada.
- Talvez se trate de uma combinação de tudo isso, já que João iria profetizar "a muitos povos, e nações, e línguas, e reis".
Os entendidos quase que são unânimes quanto ao que significa João comer o livrinho. Simboliza que João conheceria bem a mensagem nele contida. Ele assimilaria bem a mensagem, tornando-a parte de si mesmo.
Na boca de João o livrinho seria doce, simbolizando, sem dúvida, a doçura, a alegria de receber de Deus uma revelação e o prazer que sentiria em ver que Deus lhe confiava a responsabilidade daquela mensagem.
Na boca de João o livrinho seria doce, simbolizando, sem dúvida, a doçura, a alegria de receber de Deus uma revelação e o prazer que sentiria em ver que Deus lhe confiava a responsabilidade daquela mensagem.
Todos os pregadores conhecem essa alegria. Também os pregadores, que sentem bem a alegria dessa responsabilidade, conhecem a amargura que provém da entrega da divina mensagem de condenação aos pecadores.
Não importa saber quanto João conhecia a respeito do modo ou até onde sofreriam os homens cujos maus atos clamavam pelo castigo do céu; o que se sabe é que, só ao pensar na entrega dessa mensagem, o coração de João se enchia de amargura e tristeza.
Não importa saber quanto João conhecia a respeito do modo ou até onde sofreriam os homens cujos maus atos clamavam pelo castigo do céu; o que se sabe é que, só ao pensar na entrega dessa mensagem, o coração de João se enchia de amargura e tristeza.
De fato, o pensar nas terríveis consequências do desencadear da revelada cólera divina sobre os pecadores impenitentes é já em si coisa bastante amarga e acabrunhadora, mesmo deixando-se de parte a ideia da necessidade de tal juízo.
ÍNDICE
Literatura Apocalíptica
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
03 - Éfeso - Fiel, mas em falta - Apocalipse 2.1-7
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
12 - O 1° Selo - O Cavalo Branco: Conquista - Apocalipse 6.1,2
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
21 - O anúncio da desforra - Apocalipse 10.1-11
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
24 - O sinal da Besta 666 - Apocalipse 13.1-18
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
28 - A mulher escarlate: Roma - Apocalipse 17.1-18
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
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