Por Ray Summers
A História nos recorda que Pérgamo era uma cidade muito ilustre da Mísia, devotada quase que totalmente à riqueza e à moda.
A cidade era o quartel-general do culto ao imperador. (W. M. Ramsay, The Letters to the Seven Churches [Londres, Hodder and Stougnton, 1904] p. 292 em diante.)
A cidade era o quartel-general do culto ao imperador. (W. M. Ramsay, The Letters to the Seven Churches [Londres, Hodder and Stougnton, 1904] p. 292 em diante.)
Era a principal cidade da província, e ali estava localizada a "concilia" que se encarregava dos assuntos da religião do Estado e das ofertas de incenso diante da imagem do imperador.
A cidade sempre permanecera fiel a Roma, e, assim, era mui natural que nunca cessassem ali de perseguir os cristãos. Nada sabemos de como se estabeleceu ali a comunidade cristã.
A cidade sempre permanecera fiel a Roma, e, assim, era mui natural que nunca cessassem ali de perseguir os cristãos. Nada sabemos de como se estabeleceu ali a comunidade cristã.
Apocalipse 2.12-1712 - Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes:13 - Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.14 - Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.15 - Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.16 - Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.17 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.
1 – IDENTIFICAÇÃO (2:12)
O Senhor se identifica como "Aquele que tem a espada aguda de dois fios". Pode haver aqui um duplo simbolismo.
Pode isso significar a habilidade de Cristo para proteger os seus mesmo no meio da perseguição e onde os mártires estiverem caindo. Pode também simbolizar o poder de julgamento bem executado.
A justeza disso está no fato de que esta igreja estava dando guarida ao erro. Cristo vem com a espada de sua boca, com seu julgamento preciso e acurado dos feitos dos homens, para tratar diretamente com os falsos doutores.
Pode isso significar a habilidade de Cristo para proteger os seus mesmo no meio da perseguição e onde os mártires estiverem caindo. Pode também simbolizar o poder de julgamento bem executado.
A justeza disso está no fato de que esta igreja estava dando guarida ao erro. Cristo vem com a espada de sua boca, com seu julgamento preciso e acurado dos feitos dos homens, para tratar diretamente com os falsos doutores.
2 - LOUVOR (2:13)
Cristo elogia a igreja em Pérgamo por sua fidelidade no meio de grandes provações. Os membros desta igreja habitam na cidade "onde está o trono de Satã". No ano 29 de nossa era fora erigido na cidade de Pérgamo um altar para a adoração de Augusto.
A cidade fora conservada como o centro da religião do Estado, e por isso se diz que ali estava localizado o trono de Satã. A referência à morte de Antipas, sem dúvida, é feita ao seu martírio mui conhecido, diante do altar do incenso.
Já haviam tombado muitos outros mártires. Aquele fora bastante notável, a ponto de merecer um comentário do Senhor. Em face da expressão "minha fiel testemunha", tem sido sugerido que Antipas talvez fosse o pastor da igreja em Esmirna. Isto é interessante, mas incerto.
Já haviam tombado muitos outros mártires. Aquele fora bastante notável, a ponto de merecer um comentário do Senhor. Em face da expressão "minha fiel testemunha", tem sido sugerido que Antipas talvez fosse o pastor da igreja em Esmirna. Isto é interessante, mas incerto.
Os cristãos de Esmirna tinham retido o nome de Cristo. Batiam-se pelo nome de Cristo. O nome César Senhor ou o nome Cristo Senhor era a grande pedra de toque daqueles dias. Reconhecer o nome de César Senhor era escapar à perseguição. Reter o nome do Cristo Senhor significava perseguição, mas fidelidade a Cristo.
Por reterem o nome do Senhor Jesus, os cristãos de Pérgamo recebem louvor. São também elogiados por não negarem a fé em Cristo.
A fé deles talvez tenha referência a todo o raio de ação da religião deles, a sua crença na obra redentora e na supremacia de Cristo. Por sua fidelidade neste particular, mesmo quando isto lhes acarretava o grande perigo, o Senhor os louva.
A fé deles talvez tenha referência a todo o raio de ação da religião deles, a sua crença na obra redentora e na supremacia de Cristo. Por sua fidelidade neste particular, mesmo quando isto lhes acarretava o grande perigo, o Senhor os louva.
3 - QUEIXA (2:14, 15)
Não era a totalidade dos membros que permanecia fiel, não. A heresia já penetrara na igreja. Havia no meio deles alguns que esposavam os "ensinos de Balaão".
Em Números 23:24 lemos que Balaão desejou tirar lucros materiais, ainda que perdendo espiritualmente. Abriu o caminho para o culto das imagens e para a vida impura em Israel.
Em Números 23:24 lemos que Balaão desejou tirar lucros materiais, ainda que perdendo espiritualmente. Abriu o caminho para o culto das imagens e para a vida impura em Israel.
Dentro da igreja em Pérgamo havia membros que estavam fazendo o mesmo. Cumpriam certos deveres espirituais com o fito de fazer prosperar seu bem-estar material.
Aconselhavam que valia a pena cultuar o imperador para escapar à perseguição, e ensinavam que se devia proceder imoralmente para se tornar amigo e companheiro dos romanos, escapando, assim, à perseguição destes.
Aconselhavam que valia a pena cultuar o imperador para escapar à perseguição, e ensinavam que se devia proceder imoralmente para se tornar amigo e companheiro dos romanos, escapando, assim, à perseguição destes.
Pode-se resumir a história deles com esta frase — credo ruim, conduta péssima. Este estado, não poucas vezes, se vê na História da Igreja Cristã.
Em Pérgamo a fusão das doutrinas heréticas dos balaamitas com a herética conduta dos nicolaítas produzira uma situação assaz indesejável e molesta. E o Senhor não podia tolerá-la, e, por isso, avisa a Igreja Verdadeira para que se acautele e também condene esse mal.
Em Pérgamo a fusão das doutrinas heréticas dos balaamitas com a herética conduta dos nicolaítas produzira uma situação assaz indesejável e molesta. E o Senhor não podia tolerá-la, e, por isso, avisa a Igreja Verdadeira para que se acautele e também condene esse mal.
4 - AVISO (2:16, 17A)
Aconselha-se à igreja que se arrependa dessa atitude de indulgência e tolerância do pecado à vista. Se não diligenciarem a extinção do mal, o Senhor entrará pessoalmente em "guerra contra ela", combatendo-a com a espada de sua boca.
O que o Senhor faria no caso não vem aí indicado, mas não deixa dúvida alguma de que resolveria o caso aí apresentado. "O que tem ouvidos para ouvir, ouça..."
O que o Senhor faria no caso não vem aí indicado, mas não deixa dúvida alguma de que resolveria o caso aí apresentado. "O que tem ouvidos para ouvir, ouça..."
5 - A PROMESSA (2:17B)
A promessa feita àquele que vencer é dupla aqui. "Dar-lhe-ei a comer do maná escondido." Como Deus acudira no deserto às necessidades de Israel, assim também o Senhor atenderá seus fiéis em tudo.
Ele lhes concederá "o maná escondido" — sustento espiritual que o mundo não pode compreender.
Ele lhes concederá "o maná escondido" — sustento espiritual que o mundo não pode compreender.
"Eu lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito." Que simbolizará isto?
Pérgamo ocupava-se da mineração de pedras brancas, comerciando com elas. Uma pedra branca, trazendo nela um nome escrito, tinha vários empregos.
Pérgamo ocupava-se da mineração de pedras brancas, comerciando com elas. Uma pedra branca, trazendo nela um nome escrito, tinha vários empregos.
- É possível que a referência aqui seja a um dos quatro usos seguintes:
- Conferia-se a pedra branca a um homem que sofrera processo e fora absolvido. Levava, então, consigo a pedra para provar que não cometera o crime que se lhe imputara.
- Era também concedida ao escravo liberto e que agora se tornara cidadão da província. Levava a pedra para provar sua cidadania.
- Era conferida também ao vencedor de corridas, ou de lutas, como prova de haver vencido seu opositor.
- Também se conferia ao guerreiro, quando de volta da batalha e da vitória sobre o inimigo.
É evidente a aplicação de um, ou de todos estes usos. O espírito de "pregador", cremos, foi o que induziu Morgan a afirmar que aqui há alusão a todos os quatro usos!
A promessa deve referir-se a um deles, e era coisa que os cristãos de Pérgamo compreenderiam muito bem. Trata-se duma promessa solene e sagrada, a eles feita certamente no desejo de incentivá-los à fidelidade.
A promessa deve referir-se a um deles, e era coisa que os cristãos de Pérgamo compreenderiam muito bem. Trata-se duma promessa solene e sagrada, a eles feita certamente no desejo de incentivá-los à fidelidade.
ÍNDICE
Literatura Apocalíptica
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
03 - Éfeso - Fiel, mas em falta - Apocalipse 2.1-7
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
12 - O 1° Selo - O Cavalo Branco: Conquista - Apocalipse 6.1,2
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
21 - O anúncio da desforra - Apocalipse 10.1-11
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
24 - O sinal da Besta 666 - Apocalipse 13.1-18
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
28 - A mulher escarlate: Roma - Apocalipse 17.1-18
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
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Segunda Vida de Jesus