Este método é praticamente oposto ao método futurista. Os futuristas afirmam que nada do livro se cumpriu ainda.
Os preteristas, no sentido restrito do termo, afirmam que todo o livro foi já cumprido nos dias do Império Romano. A palavra "preter" é um prefixo do latim praeter, que significa passado ou além de.
Os preteristas, no sentido restrito do termo, afirmam que todo o livro foi já cumprido nos dias do Império Romano. A palavra "preter" é um prefixo do latim praeter, que significa passado ou além de.
O derivado "preterista" aqui empregado significa aquele que encara o cumprimento do Apocalipse como coisa que já teve lugar no passado. Pieters acha que há dois grupos de preteristas: os da direita e os da esquerda. (Pieters, op. cit., pp. 40-43)
A ala direita da escola preterista é representada por Stuart, Beckwith e Swete. Acham que o livro do Apocalipse é literatura inspirada. Acham que a maior parte do livro já se cumpriu nos dias do Império Romano, ao tempo de Domiciano.
O juízo final e o perfeito estado da humanidade ainda aguardam cumprimento. Encaram o Apocalipse como um livro para os dias da perseguição na Ásia Menor, e acham que a nossa gente de hoje o livro só interessa do ponto de vista literário, ao menos em sua maior parte.
A ala esquerda da escola preterista não toma o livro como escritura inspirada. Acham que a obra corre parelhas com toda a literatura apocalíptica do dia e que só tem valor literário.
Segundo esta interpretação, João nada sabia do futuro por inspiração; portanto, não esperam que se cumpram na vida da Igreja os acontecimentos registrados. Isto constitui a escola preterista, em cem por cento do que significa o termo preterista.
Torna-se difícil fazer objeções a este método de interpretação sem separar as duas alas. Para os cristãos sinceros, que sustentam ser o Apocalipse um livro inspirado e que tem seu lugar próprio no cânon do Novo Testamento porque o Espírito assim o quis, o conceito adotado pela ala esquerda é coisa bastante repulsiva.
Não pode esta ideia ser acolhida por quem vê em João um porta-voz de Deus no que respeita aos negócios humanos, tanto nos dias de João, como noutras épocas. A posição da ala esquerda só merece ser rejeitada, pois não apresenta nenhum ponto forte.
Doutro lado, a ala direita se recomenda, pois apresenta mais pontos fortes que fracos. A principal objeção que se pode fazer à ala direita está no fato de muitos dos seus defensores não encontrarem nenhuma mensagem no livro, exceto uma para os dias de João.
Eles não veem aplicação alguma dessa mensagem à vida da Igreja de nossos dias. Há muitos deste grupo que, adotando alguns princípios da escola filosófico-histórica, acham que o livro tem aplicação universal.
B) PONTOS FORTES
Notamos alguns pontos fortes neste método, que são:
1 - Ele considera a formação do livro.
Nenhuma literatura poderá ser devidamente compreendida sem que se entenda a sua formação, o seu fundo histórico.
Entendemos melhor os sonetos portugueses de Elizabeth Barrett Browning quando ficamos sabendo do desengano de que a livrou o seu amor por Roberto Browning.
Compreendemos o Scarlet Letter de Hawthorne, quando nos enfronhamos da dúbia moral dos tempos coloniais. E compreendemos melhor o Apocalipse quando conhecemos os bastidores da perseguição de Domiciano. O método preterista reconhece esta verdade.
2 - O método preterista faz do livro do Apocalipse uma obra cheia de significado para aqueles que primeiro o receberam.
O principal propósito do livro era "revelar" aos cristãos perseguidos o quanto Cristo lhes estava próximo e a certeza duma rápida vitória de Sua causa sobre as artimanhas imperiais de Roma. O método preterista parte deste princípio básico.
3 - Este método também dá lugar a uma aplicação universal da mensagem do livro.
Assim como o Cristo ressurreto venceu toda a oposição daqueles primeiros dias, alcançará vitória igualmente sobre as turbulentas condições de qualquer época, inclusive a nossa.
Os pagãos podem movimentar-se e os povos podem imaginar coisas vãs, mas Deus está ainda no trono e Cristo ainda conserva as chaves da morte e do destino. Certamente este é um ponto forte deste método de interpretação.
4 - Este sistema esposa uma interpretação que é compatível com os ensinos escriturísticos do Novo Testamento.
Pode-se adotar este método sem se admitir que o propósito de Deus na cruz de Cristo irá falhar e que Ele recorrerá à espada para estabelecer seu Reino.
As mesmas verdades e princípios contidos nos ensinos de Jesus e na pregação e escritos dos apóstolos são encontrados no Apocalipse, quando adotamos este método de interpretação.
ÍNDICE
Literatura Apocalíptica
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
01 - Introdução
02 - A natureza da literatura apocalíptica
03 - As características da literatura apocalíptica
Métodos de interpretação do Apocalipse
01 - Método Futurista
02 - Método da Continuidade Histórica
03 - Método da Filosofia da História
04 - Método Preterista
05 - Método da Formação Histórica
A formação História do Apocalipse
01 - O autor do Apocalipse do Novo Testamento
02 - A data do Apocalipse
03 - Para quem foi escrito o Apocalipse
04 - As condições do Império Romano
Interpretação versículo a versículo
01 - Prefácio - Apocalipse 1.1-8
03 - Éfeso - Fiel, mas em falta - Apocalipse 2.1-7
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
04 - Esmirna - os santos sofredores - Apocalipse 2.8-11
05 - Pérgamo - quartel general do inferno - Apocalipse 2.12-17
06 - Tiatira - à espera da Estrela - Apocalipse 2.18-29
07 - Sardo - viva ou morta? - Apocalipse 3.1-6
08 - Filadélfia - a igreja com uma porta aberta - Apocalipse 3.7-13
09 - Laodicéia - a igreja com uma porta fechada - Apocalipse 3.14-22
10 - O Deus reinante - Apocalipse 4.1-11
11 - O Cordeiro Redentor - Apocalipse 5.1-14
12 - O 1° Selo - O Cavalo Branco: Conquista - Apocalipse 6.1,2
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
13 - O 2° Selo - O Cavalo Vermelho: Guerra - Apocalipse 6.3,4
14 - O 3° Selo - O Cavalo Preto: A Fome- Apocalipse 6.5,6
15 - O 4° Selo - O Cavalo Amarelo: Pestilência - Apocalipse 6.7,8
16 - O 5° Selo - Os Santos Martirizados: Perseguição - Apocalipse 6.9-11
17 - O 6° Selo - O Terremoto: O Juízo - Apocalipse 6.12-17
18 - A proteção para os redimidos - Apocalipse 7.1-17
19 - O 7° Selo - Parte 1 - Apocalipse 8.1-13
20 - O 7° Selo - Parte 2 - Apocalipse 9.1-21
21 - O anúncio da desforra - Apocalipse 10.1-11
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
22 - A medição do Templo e as duas testemunhas - Apocalipse 11.1-19
24 - O sinal da Besta 666 - Apocalipse 13.1-18
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
25 - As forças da retidão chefiadas por Deus - Apocalipse 14.1-20
28 - A mulher escarlate: Roma - Apocalipse 17.1-18
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
29 - A profecia da queda: os aliados de Roma - Apocalipse 18.1-24
30 - O regozijo dos santos e a vitória sobre as bestas - Apocalipse 19.1-21
31 - A vitória sobre Satanás - Apocalipse 20.1-10
32 - O Cordeiro e o destino eterno - Apocalipse 20.11-15
33 - O destino dos redimidos - Apocalipse 21
34 - As provisões de Deus - Apocalipse 22
35 - Bibliografia
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