V. O PROTESTANTISMO NA INGLATERRA
A - A REGRA PURITANA
A Reforma Puritana na Igreja da Inglaterra
Conseguindo maioria no Grande Parlamento, os Puritanos, afinal, alcançaram o poder para tornar a Igreja da Inglaterra como a desejavam. Com este propósito, o Parlamento convocou a Assembleia de Westminster (1643-1649), composta dos principais teólogos puritanos.
A Assembléia de Westminster
Sua tareia foi preparar e apresentar ao Parlamento os planos para uma reforma definitiva da igreja nacional. Ao mesmo tempo o Parlamento, no propósito de alcançar o auxílio da Escócia na guerra contra o rei Carlos, aceitou a Liga Solene e o Pacto (Covenant).
Este, ampliação do primeiro Pacto Escocês, obrigava os que o aceitavam, a defender e aceitar a Igreja escocesa como tinha sido estabelecida ao tempo da Reforma, como também tornar em conformidade com ela as igrejas da Inglaterra e da Irlanda.
Era o mesmo que fazê-las presbiterianas. Em virtude desse acordo, alguns comissários representantes da Escócia tornaram-se membros da Assembleia. Em qualquer caso, porém, teria sido escolhida a forma presbiteriana, pois a maioria dos seus membros era presbiteriana.
O trabalho da Assembleia
A Assembleia escreveu e submeteu à apreciação do Parlamento uma constituição completa para a Igreja da Inglaterra.
Além do esquema para o governo eclesiástico foi apresentada a Confissão de Fé, considerada como credo para uso da Igreja, além das instruções para o culto e a disciplina, e dois Catecismos, o Maior e o Breve.
Presbiterianismo de direito e não de fato
O projeto da Assembleia para o governo da Igreja foi aprovado pelo Parlamento, que ratificou assim o sistema presbiteriano. Mas este nunca foi aceito de modo geral.
O país estava em confusão, em virtude da guerra entre o Parlamento e o rei Carlos. E um número sempre crescente de defensores da causa do Parlamento recusava-se a impor a forma presbiteriana de governo.
Muitos deles eram independentes ou Congregacionalistas. Outros eram Batistas que concordavam com a forma de governo dos Independentes. E havia vários outros grupos que também discordavam. Estes desejavam plena liberdade religiosa, nada de conformidade.
Fosse presbiteriana ou qualquer outra, a forma, a escolha deveria ser livre. Este sentimento era forte no exército puritano que chefiado por Olivério Cromwell, conquistou os seguidores e defensores do rei.
A comunidade dirige os negócios eclesiásticos
A execução do rei em 1649, seguiu-se o estabelecimento do governo da Comunidade, sendo Cromwell seu Lord Protetor.
Durante a curta existência desse governo, os negócios da igreja ficaram numa fase de incerteza. Havia certa liberdade religiosa, defendida por Cromwell. Não uma liberdade total, porém muito mais ampla do que aquela até então existente.
Não se permitia liberdade ao romanismo ou ao sistema episcopal, a velha forma da igreja inglesa, pois ambos eram considerados politicamente perigosos. Além disto havia igrejas de várias denominações, principalmente presbiterianas, congregacionalistas, batistas, etc.
Os amigos
Foi nessa época que apareceu a Sociedade dos Amigos ou dos "Quakers". Por muitos anos a Inglaterra foi sacudida pelas disputas religiosas, principalmente as que se relacionavam com a forma de governo eclesiástico, os sacramentos, o ministério e o culto. Tudo isto aborreceu muita gente que resolveu seguir os ensinos de George Fox.
Este ensinava que a igreja deveria ser guiada e instruída diretamente pelo Espírito Santo e que não deveria haver qualquer sistema fixo de governo, ou um ministério especialmente indicado, ou formas regulares e fixas de culto.
George Fox foi um dos mais poderosos líderes religiosos do seu tempo e fervoroso evangelista que alcançou grande número de conversos.
O governo dos puritanos
Sob o governo da Comunidade os Puritanos tiveram oportunidade de realizar seu ideal concernente ao próprio governo, isto é, que este fosse um instrumento para fortalecer a religião, o caráter moral do povo.
O Parlamento decidiu não indicar ninguém como chefe, a não ser aquele de cuja verdadeira piedade cristã o Parlamento se agradasse. As leis aprovadas exigiam alto padrão de moralidade pessoal. A severidade do espírito puritano manifestou-se no ataque às diversões populares.
Fecharam-se os teatros, foram proibidos os esportes brutais e alguns divertimentos inocentes muito do gosto popular, tais como o festejo do Natal e as danças populares do mês de maio.
A política dos puritanos com respeito às diversões provocou grande oposição às regras disciplinares. Muita gente também reprovou a tentativa de se impor o puritanismo à nação por meio de uma legislação oficial e secular.
Não obstante a sua esplêndida prova de caráter, havia nos puritanos certa tirania e estreiteza de visão, que tornaram o governo deles impopular. O melhor que podiam fazer pela Inglaterra não deveria ser realizado pela força da lei.
A - A REGRA PURITANA
A Reforma Puritana na Igreja da Inglaterra
Conseguindo maioria no Grande Parlamento, os Puritanos, afinal, alcançaram o poder para tornar a Igreja da Inglaterra como a desejavam. Com este propósito, o Parlamento convocou a Assembleia de Westminster (1643-1649), composta dos principais teólogos puritanos.
A Assembléia de Westminster
Sua tareia foi preparar e apresentar ao Parlamento os planos para uma reforma definitiva da igreja nacional. Ao mesmo tempo o Parlamento, no propósito de alcançar o auxílio da Escócia na guerra contra o rei Carlos, aceitou a Liga Solene e o Pacto (Covenant).
Este, ampliação do primeiro Pacto Escocês, obrigava os que o aceitavam, a defender e aceitar a Igreja escocesa como tinha sido estabelecida ao tempo da Reforma, como também tornar em conformidade com ela as igrejas da Inglaterra e da Irlanda.
Era o mesmo que fazê-las presbiterianas. Em virtude desse acordo, alguns comissários representantes da Escócia tornaram-se membros da Assembleia. Em qualquer caso, porém, teria sido escolhida a forma presbiteriana, pois a maioria dos seus membros era presbiteriana.
O trabalho da Assembleia
A Assembleia escreveu e submeteu à apreciação do Parlamento uma constituição completa para a Igreja da Inglaterra.
Além do esquema para o governo eclesiástico foi apresentada a Confissão de Fé, considerada como credo para uso da Igreja, além das instruções para o culto e a disciplina, e dois Catecismos, o Maior e o Breve.
Presbiterianismo de direito e não de fato
O projeto da Assembleia para o governo da Igreja foi aprovado pelo Parlamento, que ratificou assim o sistema presbiteriano. Mas este nunca foi aceito de modo geral.
O país estava em confusão, em virtude da guerra entre o Parlamento e o rei Carlos. E um número sempre crescente de defensores da causa do Parlamento recusava-se a impor a forma presbiteriana de governo.
Muitos deles eram independentes ou Congregacionalistas. Outros eram Batistas que concordavam com a forma de governo dos Independentes. E havia vários outros grupos que também discordavam. Estes desejavam plena liberdade religiosa, nada de conformidade.
Fosse presbiteriana ou qualquer outra, a forma, a escolha deveria ser livre. Este sentimento era forte no exército puritano que chefiado por Olivério Cromwell, conquistou os seguidores e defensores do rei.
A comunidade dirige os negócios eclesiásticos
A execução do rei em 1649, seguiu-se o estabelecimento do governo da Comunidade, sendo Cromwell seu Lord Protetor.
Durante a curta existência desse governo, os negócios da igreja ficaram numa fase de incerteza. Havia certa liberdade religiosa, defendida por Cromwell. Não uma liberdade total, porém muito mais ampla do que aquela até então existente.
Não se permitia liberdade ao romanismo ou ao sistema episcopal, a velha forma da igreja inglesa, pois ambos eram considerados politicamente perigosos. Além disto havia igrejas de várias denominações, principalmente presbiterianas, congregacionalistas, batistas, etc.
Os amigos
Foi nessa época que apareceu a Sociedade dos Amigos ou dos "Quakers". Por muitos anos a Inglaterra foi sacudida pelas disputas religiosas, principalmente as que se relacionavam com a forma de governo eclesiástico, os sacramentos, o ministério e o culto. Tudo isto aborreceu muita gente que resolveu seguir os ensinos de George Fox.
Este ensinava que a igreja deveria ser guiada e instruída diretamente pelo Espírito Santo e que não deveria haver qualquer sistema fixo de governo, ou um ministério especialmente indicado, ou formas regulares e fixas de culto.
George Fox foi um dos mais poderosos líderes religiosos do seu tempo e fervoroso evangelista que alcançou grande número de conversos.
O governo dos puritanos
Sob o governo da Comunidade os Puritanos tiveram oportunidade de realizar seu ideal concernente ao próprio governo, isto é, que este fosse um instrumento para fortalecer a religião, o caráter moral do povo.
O Parlamento decidiu não indicar ninguém como chefe, a não ser aquele de cuja verdadeira piedade cristã o Parlamento se agradasse. As leis aprovadas exigiam alto padrão de moralidade pessoal. A severidade do espírito puritano manifestou-se no ataque às diversões populares.
Fecharam-se os teatros, foram proibidos os esportes brutais e alguns divertimentos inocentes muito do gosto popular, tais como o festejo do Natal e as danças populares do mês de maio.
A política dos puritanos com respeito às diversões provocou grande oposição às regras disciplinares. Muita gente também reprovou a tentativa de se impor o puritanismo à nação por meio de uma legislação oficial e secular.
Não obstante a sua esplêndida prova de caráter, havia nos puritanos certa tirania e estreiteza de visão, que tornaram o governo deles impopular. O melhor que podiam fazer pela Inglaterra não deveria ser realizado pela força da lei.
Por Robert Hastings Nichols
ÍNDICE
ÍNDICE
A preparação para o Cristianismo
01 - A contribuição dos Romanos, Gregos e Judeus
02 - Como era o mundo no surgimento do cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
03 - Jesus e sua Igreja
04 - A Igreja Apostólica Até o Ano 100
A Igreja antiga (100 - 313)
05 - O mundo em que a Igreja vivia (100 - 313)
06 - Características da Igreja Antiga (100-313)
A Igreja antiga (313- 590)
07 - O mundo em que a Igreja vivia (313 - 590)
08 - Características da Igreja Antiga (313-590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
09 - O mundo em que a Igreja vivia (590-1073)
10 - Características da Igreja no início da Idade Média
11 - O cristianismo em luta com o paganismo dentro da Igreja
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
12 - A Igreja no Ocidente - O papado Medieval - Hildebrando
13a - Inocêncio III
13b - A Igreja Governa o Mundo Ocidental
14 - A guerra da Igreja contra o Islamismo - As cruzadas
15 - As riquezas da Igreja
16 - A organização da Igreja
17 - A disciplina e a lei da Igreja Romana
18 - O culto da Igreja
19 - O lugar da Igreja na religião
20 - A vida de alguns líderes religiosos: Bernardo, Domingos e Francisco de Assis
21 - O que a Igreja Medieval fez pelo mundo
22 - A igreja Oriental
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
23 - Onde a Igreja Medieval falhou
24 - Movimentos de protesto: Cataristas, Valdeneses, Irmãos
25 - A queda do Papado
26 - Revolta dentro da igreja: João Wycliff e João Huss
27 - Tentativas de reforma dentro da Igreja
28 - A Renascença e a inquietude social como preparação para a Reforma
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
29 - A Reforma Luterana
30 - Como Lutero se tornou reformador
31 - Os primeiros anos da Reforma Luterana
32 - Outros desdobramentos da Reforma Luterana
33 - A Reforma na Suíça - Zuínglio
34 - Calvino - líder da Reforma em Genebra
35 - A Reforma na França
36 - A Reforma nos Países Baixos
37 - A Reforma na Escócia, Alemanha e Hungria
01 - A contribuição dos Romanos, Gregos e Judeus
02 - Como era o mundo no surgimento do cristianismo
A fundação e expansão da Igreja
03 - Jesus e sua Igreja
04 - A Igreja Apostólica Até o Ano 100
A Igreja antiga (100 - 313)
05 - O mundo em que a Igreja vivia (100 - 313)
06 - Características da Igreja Antiga (100-313)
A Igreja antiga (313- 590)
07 - O mundo em que a Igreja vivia (313 - 590)
08 - Características da Igreja Antiga (313-590)
A Igreja no início da Idade Média (590 - 1073)
09 - O mundo em que a Igreja vivia (590-1073)
10 - Características da Igreja no início da Idade Média
11 - O cristianismo em luta com o paganismo dentro da Igreja
A Igreja no apogeu da Idade Média (1073 - 1294)
12 - A Igreja no Ocidente - O papado Medieval - Hildebrando
13a - Inocêncio III
13b - A Igreja Governa o Mundo Ocidental
14 - A guerra da Igreja contra o Islamismo - As cruzadas
15 - As riquezas da Igreja
16 - A organização da Igreja
17 - A disciplina e a lei da Igreja Romana
18 - O culto da Igreja
19 - O lugar da Igreja na religião
20 - A vida de alguns líderes religiosos: Bernardo, Domingos e Francisco de Assis
21 - O que a Igreja Medieval fez pelo mundo
22 - A igreja Oriental
Decadência e renovação na Igreja Ocidental (1294 - 1517)
23 - Onde a Igreja Medieval falhou
24 - Movimentos de protesto: Cataristas, Valdeneses, Irmãos
25 - A queda do Papado
26 - Revolta dentro da igreja: João Wycliff e João Huss
27 - Tentativas de reforma dentro da Igreja
28 - A Renascença e a inquietude social como preparação para a Reforma
Revolução e reconstrução (1517 - 1648)
29 - A Reforma Luterana
30 - Como Lutero se tornou reformador
31 - Os primeiros anos da Reforma Luterana
32 - Outros desdobramentos da Reforma Luterana
33 - A Reforma na Suíça - Zuínglio
34 - Calvino - líder da Reforma em Genebra
35 - A Reforma na França
36 - A Reforma nos Países Baixos
37 - A Reforma na Escócia, Alemanha e Hungria
A era da Reforma (1517 - 1648)
38 - A Reforma na Inglaterra
39 - Os Anabatistas
40 - A Contra-Reforma
41 - A Guerra dos Trinta Anos
42 - Missões
38 - A Reforma na Inglaterra
39 - Os Anabatistas
40 - A Contra-Reforma
41 - A Guerra dos Trinta Anos
42 - Missões
O cristianismo na Europa (1648 - 1800)
43 - A França e a Igreja Católica Romana
44 - A Igreja Católica Romana e a Revolução Francesa
45 - O declínio religioso após a Reforma
46 - A Igreja Oriental
47 - A Regra Puritana
43 - A França e a Igreja Católica Romana
44 - A Igreja Católica Romana e a Revolução Francesa
45 - O declínio religioso após a Reforma
46 - A Igreja Oriental
47 - A Regra Puritana
48 - Restauração
49 - Revolução
50 - Declínio Religioso no começo do século 18
51 - O Reavivamento do Século 18 e seus resultados
52 - Os Pactuantes (Covenanters)
53 - O Século 18 na Escócia
54 - O Presbiterianismo na Irlanda
O Século 19 na Europa
55 - O Catolicismo Romano
56 - O Protestantismo na Alemanha, França, Holanda, Suíça, Escandinávia e Hungria
57 - O Movimento Evangélico na Inglaterra
58 - O Movimento Liberal
59 - O Movimento Anglo-Católico
60 - As Igrejas Livres
61 - As Igrejas na Escócia: despertamento, descontentamento e cisão
62 - As missões e o cristianismo europeu
O Século 20 na Europa
63 - História Política até 1935
64 - O Catolicismo Romano
65 - O Protestantismo no Continente
66 - A Igreja da Inglaterra
67 - As Igrejas Livres
68 - A Escócia
69 - A Igreja Ortodoxa Oriental
70 - Outros países orientais
71 - O Movimento Ecumênico
O cristianismo na América
72 - As primeiras tentativas
73 - As Treze Colônias
74 - Reconstrução e reavivamento após a Guerra da Independência
75 - O Século 19 até 1830
76 - 1830 - 1861
77 - 1861 - 1890
78 - 1890 - 1929
49 - Revolução
50 - Declínio Religioso no começo do século 18
51 - O Reavivamento do Século 18 e seus resultados
52 - Os Pactuantes (Covenanters)
53 - O Século 18 na Escócia
54 - O Presbiterianismo na Irlanda
O Século 19 na Europa
55 - O Catolicismo Romano
56 - O Protestantismo na Alemanha, França, Holanda, Suíça, Escandinávia e Hungria
57 - O Movimento Evangélico na Inglaterra
58 - O Movimento Liberal
59 - O Movimento Anglo-Católico
60 - As Igrejas Livres
61 - As Igrejas na Escócia: despertamento, descontentamento e cisão
62 - As missões e o cristianismo europeu
O Século 20 na Europa
63 - História Política até 1935
64 - O Catolicismo Romano
65 - O Protestantismo no Continente
66 - A Igreja da Inglaterra
67 - As Igrejas Livres
68 - A Escócia
69 - A Igreja Ortodoxa Oriental
70 - Outros países orientais
71 - O Movimento Ecumênico
O cristianismo na América
72 - As primeiras tentativas
73 - As Treze Colônias
74 - Reconstrução e reavivamento após a Guerra da Independência
75 - O Século 19 até 1830
76 - 1830 - 1861
77 - 1861 - 1890
78 - 1890 - 1929
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história da igreja