Filipenses

Ruínas de Filipos

A situação da cidade
A colônia romana de Filipos encontrava-se às portas da Macedonia, às margens do mar Egeu. Foi aí que pela primeira vez a mensagem do Evangelho ressoou em território europeu, quando o apóstolo Paulo encontrou Lídia, a vendedora de púrpura. Lembramo-nos dos hinos dos apóstolos na prisão de Filipos e do glorioso livramento que o Senhor lhes concedeu (Atos 16).

A origem da Igreja
O Senhor abrira o coração de Lídia para ouvir as coisas que Paulo dizia (Atos 16:14); os prisioneiros, companheiros de Paulo e Silas, tinham ouvido seus hinos (Atos 16:25); o carcereiro havia crido em Jesus com toda a sua família (Atos 16:34); os irmãos haviam recebido a exortação do apóstolo antes de sua partida (Atos 16:40).

Assim, saindo de Filipos para Tessalônica (Atos 17:1), Paulo deixava ali a primeira célula de uma Igreja forte, nascida sob a perseguição.

Os cristãos de Filipos estavam solidamente estabelecidos na fé e o apóstolo sabia que Aquele que começara neles essa boa obra a completaria até ao dia de Jesus Cristo (Filipenses 1:6).



O crescimento da Igreja
A Escritura nos diz que Paulo fez escala em Filipos, na volta de sua terceira viagem missionária (Atos 20:6). Mas a Igreja já tinha tomado sua parte na responsabilidade da grande tarefa de evangelização. Enviava regularmente sua contribuição financeira ao apóstolo, dando assim exemplo de liberalidade a todas as Igrejas (Filipenses 4:15, 16).

A fidelidade no domínio material é muitas vezes o barômetro da vida espiritual. A Igreja de Filipos foi um constante objeto de ações de graças e consolação para Paulo (Filipenses 1:3-5); ela deu prova de maturidade diante das dificuldades que acompanham a carreira cristã vitoriosa.

O objeto da Epístola
Foi no ano 62, quando de sua primeira prisão em Roma, que Paulo escreveu aos seus amados filipenses. Ele sabia que as suas tributações iriam ser motivo de encorajamento para eles nas suas provações.



Esta é, antes de tudo, a Epístola da experiência:

Depois de lembrar suas experiências de missionário em Filipos (1:3-11), o apóstolo conta suas experiências de prisioneiro, de condenado à morte (1:12-26).

Procura apresentar em seguida a verdadeira experiência de humildade, a humildade de Cristo (2:1-11), antes de mostrar o que significa a experiência do testemunho nos dias de Nero (2:12-3:3).

Depois, baseando-se na própria experiência na carreira cristã (3:4-14), ele convida os Filipenses a terem, por sua vez, a experiência da santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (3:15-4:3); essa é a condição essencial à experiência da verdadeira alegria (4:4-20)... que será nossa também se estivermos prontos a seguir o mesmo caminho!

Semeando Vida

Profundidade Teológica e Orientação Espiritual para Líderes e Estudiosos da Fé

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