Dois relatos paralelos: Reis e Crônicas
Inicialmente constatamos um fato importante: era desígnio de Deus que Sua Palavra contivesse dois relatos diferentes da história do povo eleito, nos quatro séculos que separam o reinado de Davi dos cativeiros.
Mas esses dois relatos são complementares um do outro: enquanto os livros das Crônicas dão realce às lições espirituais das experiências da nação, os livros dos Reis relatam cronologicamente os principais acontecimentos.
Mas esses dois relatos são complementares um do outro: enquanto os livros das Crônicas dão realce às lições espirituais das experiências da nação, os livros dos Reis relatam cronologicamente os principais acontecimentos.
Após o cisma, os dois livros dos Reis mencionam todos os reis de ambos os reinos, enquanto o segundo livro de Crônicas cita apenas os reis de Judá.
Os livros das Crônicas foram escritos após a volta do exílio; é provável que o escriba Esdras (Neemias 6) tenha sido o seu principal compilador, talvez mesmo o autor. Mas a redação dos livros dos Reis é anterior, e é atribuída ao profeta Jeremias, contemporâneo do cativeiro de Judá.
Os livros das Crônicas foram escritos após a volta do exílio; é provável que o escriba Esdras (Neemias 6) tenha sido o seu principal compilador, talvez mesmo o autor. Mas a redação dos livros dos Reis é anterior, e é atribuída ao profeta Jeremias, contemporâneo do cativeiro de Judá.
420 anos de história do reino de Davi
No plano cronológico, os acontecimentos descritos pelos dois livros dos Reis desenrolaram-se entre o 10º e o 5º século A.C.
Após ter atingido o apogeu da glória sob os reinados sucessivos de Davi e Salomão, o povo afastou-se progressivamente do Senhor, para se entregar à idolatria.
O cisma que sobrevém após a morte de Salomão é um julgamento do Senhor. Suas conseqüências são desastrosas: o povo eleito, entregue a lutas intestinas, é enfraquecido em sua resistência aos grandes invasores que o ameaçam.
O cisma que sobrevém após a morte de Salomão é um julgamento do Senhor. Suas conseqüências são desastrosas: o povo eleito, entregue a lutas intestinas, é enfraquecido em sua resistência aos grandes invasores que o ameaçam.
Essa divisão acentua o declínio espiritual das 10 tribos do norte, ou reino de Israel; a distância geográfica do templo do Senhor, construído em Jerusalém, é pretexto para abandonarem o Senhor; Jeroboão, primeiro rei de Israel, constrói dois bezerros de ouro, um em Betei, outro em Samaria; os falsos profetas se multiplicam e os ídolos são adorados em toda a extensão do país.
Em Judá resta ainda uma certa piedade, mas o reino do norte, Israel, cai na imoralidade e na idolatria.
Em Judá resta ainda uma certa piedade, mas o reino do norte, Israel, cai na imoralidade e na idolatria.
Os cativeiros
Uma tal situação clama pelo julgamento divino: o cativeiro das 10 tribos do norte precede, em mais ou menos 150 anos, o das duas tribos do sul.
É preciso não confundir o exílio de Israel na Assíria, sob o rei Senaqueribe, e o de Judá em Babilônia, sob Nabucodonosor, rei dos caldeus.
Trata-se de um mesmo castigo imposto por Deus aos dois ramos da nação, realizando o mesmo veredicto profetizado nas Escrituras, porém, em duas épocas distintas (2 Reis 17 e 25) e em duas direções diferentes.
Trata-se de um mesmo castigo imposto por Deus aos dois ramos da nação, realizando o mesmo veredicto profetizado nas Escrituras, porém, em duas épocas distintas (2 Reis 17 e 25) e em duas direções diferentes.
O reino de Salomão (cap. 1-10)
O primeiro livro dos Reis põe-nos na presença de Salomão, esse rei célebre, que a Escritura apresenta "em toda a sua glória" (confira Mateus 6:29). Após o reino movimentado de Davi, o Senhor deu repouso a Israel, concedendo-lhe vitória sobre seus inimigos.
Nada impediu, pois, a realização da promessa e a construção do templo para o qual Davi já tinha feito tantos preparativos. Salomão convoca toda a nação para sua consagração solene, e Deus se aproxima dele, manifestando Sua glória diante de todo o povo. Israel estava, assim, na apoteose de sua história.
O cisma (11:1 – 12:24)
Após o apogeu, a queda! No fim de sua vida, a magnificência do reino de Salomão é toldada por um grave declínio espiritual: o grande rei se deixa seduzir e arrastar para a idolatria por suas numerosas princesas pagas.
Deus o advertiu solenemente, mas nenhum ato de arrependimento entravou essa decadência moral; por isso o juízo divino foi particularmente severo: com a morte de Salomão, dez das doze tribos se separam da casa de Davi e aclamam Jeroboão rei. Esse cisma foi permitido por Deus, mas o povo eleito colherá dele amargas conseqüências durante séculos.
Um século de história (12:25 a 16:34)
A narrativa bíblica engloba doravante duas nações. Jerusalém continua como capital do reino de Judá; os descendentes de Davi continuam a ocupar ali o trono e os levitas permanecem sempre diante da arca santa.
Mas durante esse tempo, o reino do norte entrega-se à idolatria sob a instigação de Jeroboão, que erige dois bezerros de ouro em Dã e Betel. Durante o reino de Acabe, Samaria tomou-se a capital do país, que tomou o nome de reino de Israel.
Mas durante esse tempo, o reino do norte entrega-se à idolatria sob a instigação de Jeroboão, que erige dois bezerros de ouro em Dã e Betel. Durante o reino de Acabe, Samaria tomou-se a capital do país, que tomou o nome de reino de Israel.
O ministério de Elias (cap. 17 a 22)
Mas o Senhor continua a falar. Nessa época sombria, Ele suscita uma testemunha corajosa, que proclama o veredicto divino, o profeta Elias.
No plano da fé é ele um gigante de porte a enfrentar sozinho o povo apóstata. Essa vida extraordinária, citada como exemplo nas Escrituras, é muito rica em instruções para nossa vida pessoal.
No plano da fé é ele um gigante de porte a enfrentar sozinho o povo apóstata. Essa vida extraordinária, citada como exemplo nas Escrituras, é muito rica em instruções para nossa vida pessoal.
Nos seus dias, era Baal o antagonista de Deus; hoje é o mundo e o espírito do mundo. No entanto, o desafio lançado por Elias nada perdeu de sua acuidade: "Então Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-O; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu" - 1 Reis 18:21.
Os judeus veneram Elias tanto quanto Moisés, e o Novo Testamento o menciona diversas vezes. Ele era no entanto "homem... sujeito aos mesmos sentimentos que nós" (Tiago 5:17), e sua vida é uma impressionante demonstração do que o Senhor pode fazer com um servo fiel.
ÍNDICE
Pentateuco
Gênesis - Êxodo - Levítico - Números - DeuteronômioLivros Históricos
Josué - Juízes - Rute - 1 Samuel - 2 Samuel - 1 Reis - 2 Reis - 1 Crônicas - 2 Crônicas - Esdras - Neemias - Ester
Livros Poéticos
Jó - Salmos - Provérbios - Eclesiastes - Cantares
Profetas Maiores
Isaías - Jeremias - Lamentações - Ezequiel - Daniel
Profetas Menores
Oséias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miquéias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu - Zacarias - Malaquias
Evangelhos
Mateus - Marcos - Lucas - João
Histórico
Atos
Cartas PaulinasRomanos - 1 Coríntios - 2 Coríntios - Gálatas - Efésios - Filipenses - Colossenses - 1 Tessalonicenses - 2 Tessalonicenses - 1 Timóteo - 2 Timóteo - Tito - Filemon
Cartas Gerais
Hebreus - Tiago - 1 Pedro - 2 Pedro - 1 João - 2 João - 3 João - Judas
Profético
Apocalipse
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